Economia
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As vendas no comércio varejista brasileiro recuaram 0,4% na passagem de outubro para novembro, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar do resultado negativo, o desempenho é considerado dentro do patamar de estabilidade e reflete um ajuste após o setor atingir o ponto mais alto da série histórica em outubro, quando cresceu 0,4% em relação a setembro.
No acumulado do ano, o comércio varejista soma alta de 5% em relação ao mesmo período de 2023. Em 12 meses, o avanço é de 4,6%, marcando o 26º mês consecutivo de crescimento nessa base de comparação. Frente a novembro de 2023, o setor registrou um aumento de 4,7%.
Impactos por segmento
Entre os setores pesquisados, móveis e eletrodomésticos apresentaram o maior impacto negativo, com queda de 2,8% em novembro. Segundo o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, o desempenho foi influenciado pela antecipação de promoções em outubro, relacionadas à Black Friday, quando o segmento registrou alta de 7,8%.
Outros setores que contribuíram para a retração incluem:
•Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-2,2%);
•Livros, jornais, revistas e papelaria (-1,5%);
•Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,0%);
•Hipermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,1%).
No caso dos supermercados, que representam mais da metade do varejo nacional (53,2%), o leve recuo reflete uma acomodação após meses de crescimento, além do impacto da inflação dos alimentos.
Por outro lado, três segmentos apresentaram alta em novembro:
•Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3,5%);
•Combustíveis e lubrificantes (1,5%);
•Tecidos, vestuário e calçados (1,4%).
Varejo ampliado
No varejo ampliado, que inclui veículos, motos, peças, materiais de construção e atacado especializado, as vendas caíram 1,8% na passagem de outubro para novembro. No acumulado do ano, o crescimento é de 4,4%, enquanto em 12 meses a alta é de 4%.