Esporte
Esporte
O Ferroviário deu um importante passo em sua história ao aprovar, por 43 votos a 3, a criação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF). A decisão foi tomada em assembleia realizada na última quarta-feira (3), na sede do clube, em Fortaleza. Com o aval, o time iniciará o processo de registro na Junta Comercial do Estado do Ceará (Jucec) e abrirá espaço para novas parcerias e investimentos.
Proposta de investimento em análise
A proposta apresentada pela empresa MAKES, liderada pelo português Pedro Roxo, prevê a aquisição de 90% das ações da SAF. Segundo o plano, a empresa será responsável pela gestão total do futebol masculino e feminino do clube, cobrindo custos operacionais e visando retorno financeiro por meio da venda de jogadores.
Entre os compromissos iniciais, estão R$ 3,5 milhões para quitação de dívidas e R$ 9,5 milhões para modernização do Estádio Elzir Cabral. Este valor inclui um repasse emergencial de R$ 500 mil para dívidas e mais R$ 2 milhões ao longo de 2025 para reformas na estrutura do estádio, que poderá ser utilizado por 20 anos em regime de comodato.
Investimentos por divisão nacional
A proposta garante um aporte financeiro de acordo com a divisão disputada pelo clube:
•Série D: R$ 10 milhões por temporada.
•Série C: R$ 15 milhões por temporada.
•Série B: R$ 25 milhões por temporada.
•Série A: R$ 50 milhões por temporada.
A estimativa apresentada pelo clube para receitas futuras mostra cenários de crescimento baseados em eventuais acessos:
•Cenário 1: 10 anos na Série D — R$ 113 milhões.
•Cenário 2: 1 ano na Série D e 9 anos na Série C — R$ 158 milhões.
•Cenário 3: 1 ano na Série D, 1 ano na C e 8 anos na Série B — R$ 238 milhões.
•Cenário 4: 1 ano na Série D, 1 ano na C, 1 ano na B e 7 anos na Série A — R$ 413 milhões.
Expectativa e próximos passos
O clube ressalta que a aprovação da SAF não implica aceitação imediata da proposta apresentada pela MAKES. Uma nova assembleia será realizada para avaliar os detalhes e aprovar ou rejeitar os termos do contrato.