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Taxa de desocupação no Brasil cai para 6,1% e atinge menor nível desde 2012

Número de trabalhadores ocupados alcança recorde de 103,9 milhões, aponta IBGE.
A redução em comparação com o mesmo período de 2023 foi de 1,4 p.p. (Foto: Paulo Pinto)

A taxa de desocupação no Brasil caiu para 6,1% no trimestre encerrado em novembro, registrando o menor índice da série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012. Os dados divulgados nesta quinta-feira (26) pelo IBGE indicam uma redução de 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre de junho a agosto (6,6%) e uma queda de 1,4 ponto percentual em comparação ao mesmo período de 2023 (7,5%).

O resultado representa cerca de 6,8 milhões de brasileiros em busca de emprego, o menor contingente desde dezembro de 2014. No trimestre, 510 mil pessoas deixaram a desocupação, enquanto 1,4 milhão saíram dessa condição no comparativo anual.

Ocupação e recordes no mercado de trabalho

A população ocupada atingiu 103,9 milhões de pessoas, marcando um recorde histórico. O crescimento é de 25,8% desde o menor nível da série, registrado em agosto de 2020 (82,6 milhões).

Entre os empregados, 53,5 milhões estão no setor privado, sendo 39,1 milhões com carteira assinada, outro recorde. Já o setor público emprega 12,8 milhões de trabalhadores.

A taxa de ocupação também foi a maior já registrada, chegando a 58,8% da população com 14 anos ou mais.

A coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, destacou que o ano de 2024 caminha para ser um período de expansão no mercado de trabalho, impulsionado pelo crescimento do emprego formal e informal.

Informalidade e setores em crescimento

A taxa de informalidade foi de 38,7%, o que corresponde a 40,3 milhões de trabalhadores, número ligeiramente menor que o registrado no trimestre anterior (38,8%) e no mesmo período de 2023 (39,2%).

O crescimento da ocupação foi impulsionado por quatro setores principais:

Indústria: alta de 2,4% (+309 mil pessoas);

Construção: alta de 3,6% (+269 mil pessoas);

Administração Pública, Educação e Saúde: alta de 1,2% (+215 mil pessoas);

Serviços Domésticos: alta de 3% (+174 mil pessoas).

Na comparação anual, sete setores se destacaram, incluindo Comércio (+692 mil pessoas), Transporte (+322 mil pessoas) e Serviços Profissionais (+548 mil pessoas).

Rendimento e salários

O rendimento médio foi de R$ 3.285, apresentando alta de 3,4% em comparação ao ano passado. Já a massa de rendimento alcançou o valor recorde de R$ 332,7 bilhões, crescimento de 7,2% no período.

O setor de Transporte liderou o aumento salarial, com alta de 7,8% (+R$ 229), seguido por Comércio (+3,9%) e Serviços Domésticos (+3,6%).

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