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O presidente interino da Coreia do Sul, Han Duck-soo, iniciou esforços neste domingo (15) para tranquilizar aliados e mercados financeiros após o presidente Yoon Suk Yeol ser afastado devido à acusação de tentativa de lei marcial. Han assumiu o cargo conforme previsto pela constituição e destacou que o país manterá suas políticas de segurança e relações diplomáticas, especialmente a aliança com os Estados Unidos.
Han conversou por telefone com o presidente dos EUA, Joe Biden, que reafirmou o compromisso de Washington com a aliança Coreia do Sul-EUA. Biden destacou a “resiliência da democracia sul-coreana” e prometeu fortalecer a cooperação trilateral com o Japão. Han também discutiu com o comandante das Forças dos EUA na Coreia a necessidade de manter a prontidão militar, em meio a temores de provocações da Coreia do Norte, como lançamentos de mísseis balísticos.
A crise política gerou apreensão internacional sobre a capacidade do país de gerenciar desafios regionais, sobretudo relacionados à segurança diante da ameaça norte-coreana.
A declaração de lei marcial por Yoon Suk Yeol em 3 de dezembro e as subsequentes acusações de insurreição e abuso de autoridade levaram à suspensão de suas funções. O Tribunal Constitucional agora tem até seis meses para decidir sobre sua reintegração ou remoção definitiva, o que poderá levar à convocação de novas eleições presidenciais em até 60 dias.
Enquanto isso, as autoridades sul-coreanas se mobilizam para evitar impactos econômicos mais profundos. O Banco da Coreia e o regulador financeiro do país prometeram ações para estabilizar os mercados financeiros e de câmbio, que já apresentam sinais de volatilidade.
O ministro das Finanças anunciou um plano de política econômica até o final do ano para minimizar os efeitos negativos da crise política, enquanto o Banco da Coreia enfatizou a necessidade de respostas mais ativas, considerando os desafios econômicos globais.
Embora a ascensão de Han Duck-soo tenha trazido confiança temporária aos aliados internacionais e ao mercado, a Coreia do Sul enfrenta meses de incertezas políticas até que o Tribunal Constitucional decida o destino de Yoon. Especialistas apontam para a necessidade de liderança confiável para evitar uma escalada de tensões internas e externas, sobretudo no cenário de segurança na península coreana.