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Um novo levantamento da Síntese de Indicadores Sociais, divulgado nesta quarta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou avanços na frequência escolar de crianças brasileiras em 2023, mas destacou desafios significativos para alcançar as metas educacionais estabelecidas no Plano Nacional de Educação (PNE).
Entre crianças de 0 a 3 anos, a taxa de frequência escolar subiu de 36% em 2022 para 38,7% em 2023. Apesar do avanço, o índice ainda está distante da meta de 50% estabelecida pelo PNE para 2024. Já entre crianças de 4 e 5 anos, a frequência subiu de 91,5% para 92,9%, sinalizando recuperação após quedas registradas durante a pandemia de Covid-19. No entanto, o objetivo de 100% para essa faixa etária ainda não foi atingido.
O estudo revelou grandes disparidades regionais na frequência escolar de crianças pequenas. Enquanto as regiões Sul e Sudeste apresentam índices próximos a 45%, no Norte apenas 20,9% das crianças de 0 a 3 anos estão matriculadas. Além disso, a pesquisa apontou que 60,7% das crianças fora da escola nessa faixa etária permanecem em casa por opção dos pais, enquanto 34,7% enfrentam problemas estruturais, como falta de vagas.
Entre jovens de 15 a 29 anos, cerca de 9,1 milhões abandonaram os estudos sem concluir a educação básica em 2023. A principal razão para o abandono, especialmente entre homens, foi a necessidade de trabalhar (53,5%), enquanto entre mulheres, além do trabalho (25,5%), a gravidez (23,1%) e os afazeres domésticos (9,5%) também apareceram como fatores relevantes.
O estudo revelou ainda que 40,1% da população brasileira de 25 a 64 anos não concluiu o ensino médio, percentual mais que o dobro da média dos países da OCDE (19,8%), destacando a necessidade de políticas públicas voltadas para a permanência escolar e a conclusão da educação básica.