Economia
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O mercado financeiro revisou para cima a previsão de inflação para 2024, que passou de 4,62% para 4,64%, conforme o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (18) pelo Banco Central (BC). A estimativa supera o teto da meta de 3% definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, variando entre 1,5% e 4,5%.
Para 2025, a projeção subiu de 4,1% para 4,12%, enquanto para 2026 e 2027 as expectativas são de 3,7% e 3,5%, respectivamente. A partir de 2025, o CMN implementará uma meta contínua de 3%, com a mesma margem de tolerância.
Em outubro, a inflação mensal no Brasil foi de 0,56%, influenciada pelos gastos com habitação e alimentos, elevando o índice acumulado em 12 meses para 4,76%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para conter pressões inflacionárias, o Banco Central elevou a taxa básica de juros (Selic) para 11,25% ao ano, revertendo a sequência de cortes registrados entre 2022 e 2023.
A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) está marcada para os dias 10 e 11 de dezembro, com expectativa de novo aumento da Selic, encerrando 2024 em 11,75% ao ano. Para 2025, a previsão é de 12% ao ano, com redução para 10% em 2026 e 9,25% em 2027.
A previsão de crescimento da economia brasileira em 2024 é de 3,1%, superando os 2,9% registrados em 2023. No segundo trimestre deste ano, o PIB cresceu 1,4% em relação ao trimestre anterior e 3,3% na comparação anual. Para os próximos anos, a expectativa de crescimento é de 1,94% em 2025 e 2% em 2026 e 2027.
No mercado cambial, o dólar deve encerrar 2024 cotado a R$ 5,60, com uma redução para R$ 5,50 em 2025.