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Maria Bethânia recebe título de Doutora Honoris Causa pela UFC

Artista, que faz show em Fortaleza neste sábado, recebe homenagem que destaca sua contribuição às artes e à cultura brasileira.
A celebração contou com a presença do ministro da Educação, Camilo Santana. (Foto: Guilherme Silva/UFC)

Na noite desta sexta-feira (15), Maria Bethânia foi homenageada pela Universidade Federal do Ceará (UFC) com o título de Doutora Honoris Causa. A cerimônia, realizada na Concha Acústica da Reitoria, reuniu autoridades, artistas e admiradores para celebrar a trajetória da cantora, cuja obra reflete a ancestralidade e as diversas narrativas culturais do Brasil.

Com apresentações musicais e declamações, o evento teve início com Pantico Rocha e Alisson Félix interpretando canções como “Sonho Meu”, de Dona Ivone Lara, e “Iluminada”, de Jorge Portugal e Roberto Mendes. O cortejo de Bethânia foi acompanhado por representantes acadêmicos e fãs, ao som de “Reconvexo”, e contou com performances como “Carcará”, entoada por Luiza Nobel, e um espetáculo de projeções alusivas à carreira da cantora.

O reitor da UFC, Custódio Almeida, conduziu a solenidade, destacando a contribuição de Bethânia para a cultura nacional e sua atuação em questões político-sociais. “Conceder o título de Doutora Honoris Causa para Maria Bethânia é reconhecer a consistência, vitalidade e dinâmica de uma artista pioneira”, afirmou. O ministro da Educação, Camilo Santana, participou da aposição da samarra, enquanto a cantora coroou-se com o capelo, seguindo as palavras do reitor: “Uma rainha coroa a si mesma”.

Em seu discurso, Bethânia relembrou vivências acadêmicas na Universidade Federal da Bahia e em outras instituições, ressaltando a importância da música popular na história cultural do Brasil. “Aqui está ela: a canção e sua força, a canção e suas asas”, declarou, antes de interpretar um trecho de “O que é? O que é?”, de Gonzaguinha.

A cantora também fez referência a ícones da cultura cearense, como Rachel de Queiroz e Patativa do Assaré, e destacou a força das raízes culturais brasileiras em sua obra. “É sempre o palco que me conduz, este lugar sagrado, onde a menina de Santo Amaro fincou seus pés e de onde, em reverência, olha nos olhos da vida e canta.”

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