O Silêncio como Virtude

O Valor da Discrição
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O julgamento tornou-se um hábito recorrente nas interações sociais, convertendo rodas de conversa em verdadeiros tribunais informais — onde a vida alheia é dissecada sem pudor.

A curiosidade pela vida dos outros, embora natural, revela-se um impulso deselegante e infrutífero. Aprender a conter esse ímpeto é um exercício de crescimento pessoal, que nos afasta da superficialidade e nos aproxima de uma postura mais ética e consciente.

Se, por acaso, tomamos conhecimento de algo sobre a intimidade de terceiros, cabe-nos a responsabilidade do silêncio. Nada se ganha ao expor o que não nos diz respeito, e muito se perde quando alimentamos esse ciclo de especulação.

Uma mente evoluída compreende que a atitude mais sábia, diante de uma fofoca, não é instigar, indagar ou fomentar a conversa – mas sim silenciar. Desviar a conversa com naturalidade não apenas nos preserva da futilidade, como demonstra, sem necessidade de confronto, nosso desinteresse pela intimidade alheia.

A discrição é uma virtude rara, um traço dos que compreendem o valor do silêncio. Com o tempo, cultivá-la se torna um hábito espontâneo, e à medida que nos libertamos da tentação do julgamento, percebemos o quanto essa escolha nos engrandece. Pois é no silêncio que habita a verdadeira sabedoria.

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